29 August 2006


Dizem que "a necessidade faz o homem". Acredito que deve fazer o artista também. Estas estátuas com o título:

Nossa Senhora Bem Aparecida ou
Nossa Senhora do Bom Humor
e o

São Benedito em Festa

São obras feitas de papel maché, técnica que emprega a reciclagem de papel amassados enrolados em fita crepe e depois cobridos c/ camadas de papel molhados em cola com água.

Vejam só, final de mês, sem muita grana para investir em telas e painéis, com um pouquinho de tinta realizei um grande e novo desafio, pintar minha art pop em 3D!

Realmente "A NECESSIDADE FAZ O ARTISTA "

Meus amigos sempre foram uma fonte de auto-estima em minha arte. Quando eu penso em desistir, acontece sempre um fato novo, uma palavra amiga, um sorriso, um carinho...
Coloquei a foto de hoje de uma grande amiga(Ana Angélica - que esta semana parte, vai embora para Porto Velho morar com sua Mãe).
Mas ela representa todos que um dia passaram ou ainda passam pela minha vida dizendo sempre com sua presença, seu sorriso, sua existência:
"Somos seus fãs, mesmo que não venda nada ou morra como Van Gogh, será eternizado em nossas histórias"
Obrigado a todos meus amigos por existir e me incentivar.

24 August 2006


Aqui estão os artistas que são o fundamento de onde crio minhas obras. Romero Britto, Roy Lichteinstein e Kaith Haring.
Aproveitei para publicar uma obra minha junto com a deles. Durante uma pesquisa na Disciplina de Pintura II, com o Prof.Mestre Darwin Longo, no curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que tive a oportunidade de conhecer a pop art.
Acredito que a pop art é direta, no meu ponto de vista, o público tem todo o direito de ter acesso a arte de qualidade. Através destes artistas eu me inspiro para criar minha pop art cheia de regionalismo mostrando que podemos criar algo diferente.
Li algo sobre não pintar regionalismo. Realmente no início eu era completamente contra, até hoje sou. Mas sou crítico no que diz respeito a forma como pintamos o regionalismo. Eu pinto pop art regionalizada, não somente regionalismo.
Pintar onças, índios, paisagens pantaneiras, aves e flora de Mato Grosso do Sul é muito fácil! Difícil e modificar tudo com o seu estilo, eu tô tentando...

23 August 2006


As pessoas que vão a minha exposição sempre fazem alguns comentários interessantes, e eu sempre costumo prestar atenção.
As perguntas mais frequentes com respostas seguem abaixo:
1. Por que você pinta ets?
Pinto ets por dois motivos, primeiro pq acredito que eles existam que há um mistério muito grande em volta deste assunto e que vai levar um bom tempo pra gente aprender e aceitar este fenômeno. Segundo, eu queria provocar a comunidade culltural de Mato Grosso do Sul. Quem ousaria pintar e transformar a ufologia em obra de Arte? Eu fiz isto!
2. Que estilo que você pinta? ou O que é isso que você pinta ?
Eu pinto pop art, um estilo que surgiu basicamente na década de 60 nos EUA onde os artistas utilizavam os ícones da produção em massa, como cinema, tv, publicidade. Eles utilizavam este tipo linguagem e transformavam ao conceito da arte.
Conceito este que deixava claro que quase tudo pode ser manipulado para o povão.
Aí que entra o pantanal e os ícones de nosso Estado - cultura e turismo não são de certa forma manipulados para serem vendidos??? Esta é a nossa Pop Arte.
3.Você vende muito?
Não. Vendo pouco, mas não estou preocupado em ganhar dinheiro por enquanto, estou preocupado em criar raizes firmes no meio cultural de Mato Grosso do Sul.
Se eu penso em ganhar dinheiro? Ô se penso, mas isto vai ser apenas consequência de meu empenho.

Minhas obras são inspiradas nas obras do artista plástico pernambucano Romero Britto. Não tem segredo o que pinto, uso as cores complementares: verde sempre ao lado do vermelho, amarelo sempre ao lado do roxo e azul sempre ao lado do laranja.
Essas combinações contornadas pela cor preta causam um impacto visual muito grande, é realmente isto que pretendo, que as pessoas vejam o brilho que a arte pop pode oferecer a todos.
A técnica que uso é quase sempre acrílica, antes somente sobre tela, hoje sobre painel, madeira mdf e até papelão que será a nova onda de obras. Sinto que ser artista é ser alguém comprometido com a história de sua região. Eu até tentei pintar algo abstrato, mas prefiro ser popular e estar no meio do povo pintando coisas que eles gostam.
Quem não gosto de um bom baile de chamamé, quem que é realmente sul matogrossense e não gosta das músicas de Dona Helena Meirelles, do Grupo Tradição de Dino Rocha e tantos outros?
Pois bem, este é meu estilo, mostrar o que temos de pop em tudo isto.

Débora é minha sobrinha muito querida, ela e meu irmão estiveram comigo na desmontagem da exposição na Morada dos Baís. Achei engraçado como ela se divertia pelas escadarias daquele casarão ao mesmo tempo que ajudava a carregar os quadros para o carro do meu irmão.
Vejo em minha sobrinha, e em todos meus primos mais novos um grande interesse pelo que faço, penso na importância para eles de ter um tio, um primo artista na família. Qual o peso e a diferença que isto pode ter na vida pessoal deles, na visão de arte no mundo e até na visão da aula de artes que eles tem na escola. Pretendo ainda fazer algo de interessante com eles, uma reunião familiar só com obras deles, vai ser muito legal, tipo: 1ª Mostra de Artes Família Passos Ferreira Camposano - vai ser muito divertido.